Certo dia, uma menina saía da escola quando encontrou um sapo no meio da rua. Não vendo outros da mesma espécie, concluiu que o animalzinho estava perdido e arriscou um diálogo...
-“Senhor Sapo”, o que é que o senhor faz aqui perdido e tão longe de sua casa? - perguntou a menina sem se preocupar em receber resposta; o sapo, indiferente às palavras vindas da menina respondeu:
-Frog!
-Não se preocupe. Levarei-o para a sua casa. Novamente seguindo a intuição,definiu que seguiriam pela rua que ficava atrás da escola, uma rua de pouco movimento, que servia de acesso para um pequeno bosque. Nele, havia um pequeno lago.
Gentilmente, a menina acomodou-o em sua mão, percebendo que ele já estava levemente desidratado devido à exposição ao sol. Decidida, seguiu caminhando em direção ao lago...lá, deveria ser o local da moradia do “Senhor Sapo”.
A caminhada acontecia em silêncio e a menina se questionava dos motivos pelos quais um sapo estaria por ali, o que estaria procurando...era muito arriscado. Envolta em seus pensamentos nem percebeu que uma colega havia se aproximado dela.
-Você está bem? Perguntou a colega.
-Desculpe.....Tudo bem?
Nossa, o que é que você tem aí?.....um sapo?
-AI!! Que coisa nojenta. Porque você está segurando isso?
-Ué? É um sapo, ele está perdido. Estou levando ele para casa.
O que? Porque você não joga essa coisa por aí mesmo e vem brincar comigo? Falou a colega. - Mas antes vai lavar essa coisa nojenta de sua mão.
Decepcionada com a sugestão da colega, a menina continuou sua jornada para levar o sapo, agora já considerado um amigo, para a sua casa.
Seguindo o caminho, a menina e o sapo encontraram outra pessoa, dessa vez foi uma senhora de óculos que segurava sua sacola de compras recentemente recheada na venda.
-Olá menina, quanto tempo. Falou gentilmente a senhora que sentia realmente saudades de sua amiga e companheira de horas de conversa e chá.
-Olá Dona Maria. Faz tempo mesmo. Hoje mesmo eu ia lhe visitar, mas surgiu um imprevisto. Estou levando o meu amigo, o “Senhor Sapo”, para casa.
Dona Maria sorriu levemente e falou:
- Hum... Vai dar ao príncipe um beijo de despedida?
-Não. Não acho que ele seja um príncipe, ele é um amigo. Estou apenas levando-o para casa.
-Só isso? Ahn, então deixa ele aí minha filha, ele acha o seu caminho sozinho. Venha, vamos tomar aquele chá especial e conversar lá em casa. Acabei de comprar uns biscoitos maravilhosos.
-Desculpa Dona Maria, vamos ter que marcar outro dia pois hoje já tenho compromisso. Tenho que levar meu amigo para casa.
A menina continuou seu caminho pela rua com o sapo em sua mão.
Quase chegando ao lago, casa do “Senhor Sapo”, eles encontraram o senhor Pedro, o carteiro da cidade, que andava tagarelando pelas casas entregando as correspondências. Ao ver a menina veio pulando em sua direção.
- O que está fazendo com esse sapo em sua mão?
- Estou levando ele até sua casa no lago.
- Mas é só um sapo menina, porque você não o deixa por aí?
-Se você encontrasse uma carta perdida pelo chão, não a entregaria ao destinatário? Não é esse o seu trabalho? Perguntou a menina.
-Sim, eu entregaria.
-Pois bem, é o que estou fazendo com o sapo. Estou levando ele até sua casa.
Ao dizer isso a menina continuou a sua caminhada acompanhada por seu amigo: o Sapo.
Finalmente encontraram o lago! Antes de deixar o amigo em sua casa, a menina fixou-o nos olhos e disse em bom tom:
- Desculpe as pessoas “Senhor Sapo”, ultimamente elas não têm tempo pra nada e o que é pior...elas não o ajudariam pois o senhor é apenas um sapo. Tchau e cuide-se.
A menina virou-se alegremente e foi para casa.
>>Fim<<
Amo muito esse texto ^__^
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